As TICs têm possibilitado ao Estado fornecer novos meios de acesso a serviços e informações públicas, faciilitando, com isto, a vida dos cidadãos. Tais tecnologias não são, porém, igualmente acessíveis a toda a população. Analfabetos, semi-analfabetos, deficientes visuais, auditivos, deficientes físicos, pessoas de baixa renda dentre tantos outros têm acesso limitado a tais recursos.
Não basta o Estado promover a erradicação do analfabetismo e do analfabetismo digital, não basta promover a inclusão digital. Mesmo em um cenário em que estes problemas estivessem sanados a questão do acesso às TICs ainda seria importante.
Para que efetivamente possamos considerar um determinado serviço prestado por meios eletrônicos como acessível, ele tem de ser passível de acesso também por indivíduos com deficiência visual, auditiva, motora.
O governo federal desenvolveu um modelo de acessibilidade que deve orientar toda a Administração Pública Federal no processo de tornar acessíveis seus sítios.
Há diversas entidades não governamentais trabalhando sobre o tema.
Há ferramentas que verificam a acessibilidade de sítios e permitem, inclusive, a correção dos erros de acessibilidade.
Modelo de Acessibilidade do Governo Federal - e-Mag
http://www.governoeletronico.gov.br/governoeletronico/
Quadro da Acessibildade na América Latina
Índice de Acessibilidade
Os avaliadores classificam os problemas em acessibilidade por prioridades, erros ou avisos. Desta forma, não resulta um número único capaz de mensurar e classificar diferentes sítios em função de sua maior ou menor acessbilidade. Por esta razão desenvolve-se um índice de Acessibilidade que consiste na transformação destes critérios em um número único.
O índice desenvolvido atribui aos erros peso duas vezes maior que aos avisos e atribui à prioridade 1 peso 33% maior do que à prioridade 2 e a esta peso 2 vezes maior do que à prioridade 3. O índice considera o número de erros ou avisos por linha de código.
Quando o índice é zero, o site não tem qualquer erro ou aviso acerca de acessibilidade. Quando houver um erro em prioridade 1 para cada linha de código, o índice será equivalente a 1.
Entre os dias 21 e 25 de Julho de 2006 aplicou-se a avaliação online de acessibilidade do DaSilva em 157 páginas de Estados e Províncias da América Latina.
Principais Resultados
O site com melhor índice foi o do Estado de São Paulo, com 0,008307, seguido da Província de Santa Cruz/Argentina, do Estado da Paraíba/Brasil e da Província do Apurimac/Peru.
O índice brasileiro ficou próximo 0,5 indicando haver em média, nos portais dos Estados, um erro de acessibilidade para cada duas linhas de código. Deve-se considerar, ainda, que foram utilizados na pesquisa os principais portais dos Estados, sendo provável que portais dos órgãos da Federação, dos Estados e Municípios, onde se encontram a maior parte das informações e serviços disponíveis tenham índice ainda mais alto.
Reconhece-se, por certo, a limitação dos avaliadores eletrônicos de acessibilidade, bem como limitações inerentes ao índice desenvolvido. Tais limitações decorrem da incapacidade de captar todas as falhas de acessibilidade que o sítio ou portal pode conter. Ainda assim, os resultados obtidos já demonstram a urgente necessidade de o Estado se dedicar a tornar acessíveis seus portais.
Clique aqui para ver a tabela completa